Marina
Bernardes

Eu sou

Quem é Marina?

Oi, eu sou a Marina. E se você chegou até o meu site pelo Instagram, prazer, sou Marina, a Bernardes :) Tenho 31 anos, sou passo-fundense, arquiteta e urbanista, mestra em Arquitetura e Urbanismo pela UFSC (em 2018) e também exerci, durante um período, uma das funções e profissões que eu mais admiro: a de professora . Na ocasião, fui docente do curso de Arquitetura na Unidavi, em Rio do Sul – SC (a cidade que aprendi sobre enchentes). Atualmente, trabalho no com reformas e interiores no estúdio Popular , que visa democratizar serviços de arquitetura e engenharia.

Minha profissão me mostrou que é possível olhar para as cidades sob outras perspectivas e pensar que é possível resolver problemas estruturais com planejamento, responsabilidade técnica e comprometimento social. Aliás, é por isso que eu também lidero o projeto social "Arquitetura para quem mais precisa" , que constrói banheiros para famílias de baixa renda em Passo Fundo. A cidade é um organismo vivo, que precisa ser pensado, projetado e gerido para atender as demandas das pessoas. Por isso, eu defendo que um projeto de cidade para todos e todas é, sim, capaz de promover transformações sociais e incentivar o desenvolvimento econômico.

A Arquitetura e o Urbanismo são as minhas grandes paixões profissionais, mas eu também gosto de acreditar que somos muito mais do que o nosso trabalho, não é mesmo? Gosto de explorar a cidade andando de bicicleta; passeio com o Ragnar, meu parceiro de quatro patas, pelas praças e parques; tenho um círculo de amigos bem diversificado e, recentemente, conquistei a faixa azul no jiu-jitsu – mulheres, sim, nós podemos!

Neste espaço, vou apresentar um pouco do meu trabalho e discutir com vocês outros elementos da Arquitetura e do Urbanismo que eu defendo para termos uma cidade capaz de ser, de fato, boa para todas as pessoas. Obrigada pelo seu interesse ♡ Ah, eu gosto bastante de conversar. Então, se tu curtiu, ficou com alguma dúvida ou tem alguma sugestão escreve no meu insta :)

A Cidade é Nossa: Carta de Princípios para as Eleições 2024

Pautas que defende

Banheiro é dignidade

Marina criou o projeto "arquitetura para quem mais precisa" em 2019 como professora, e a convite de outras colegas, passou a atender Passo Fundo. Na nossa cidade, estima-se que 14 mil pessoas vivem em ocupações, atualmente. Neste território é comum a autoconstrução, a qual resulta em moradias precárias e normalmente, sem banheiro. Ter um banheiro é fundamental para que uma família tenha acesso à higiene básica. Inclusive, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo criou o programa "Nenhuma casa sem banheiro" na pandemia. Marina esteve nesta luta, buscando diálogo com a gestão atual para trazer o programa, porém o retorno foi de que "não há recurso para isso". Neste tempo, o projeto segue atuando desde 2020 no município, que atende, prioritariamente mães solo e moradoras de áreas periféricas/ou precárias. Afinal, como uma mãe solo vai dar conta de uma reforma? Importante destacar que não se trata de um projeto de construção de banheiros, mas também, de um manifesto que denuncia e expõe a desigualdade social do município. As reformas e construções de banheiros são realizadas a partir do trabalho voluntário de arquitetas e engenheiras, com doação de materiais e arrecadação de recursos financeiros a partir de vakinhas online. Até o momento o projeto já entregou 08 banheiros.


CIDADE DAS MULHERES E DIREITO À CIDADE

Uma cidade boa para as crianças e para as mulheres é uma cidade boa para todo mundo que mora nela. O que isso significa? Ao planejar espaços públicos seguros para mulheres em que todas nós possamos caminhar sem medo de ruas escuras e muradas, com calçadas de qualidade para mães circularem com o carrinho dos seus bebês, espaços de lazer e diversão para crianças, arborizados, bem iluminados e não hostis, isto é, espaços bem movimentados com comércios e serviços, estaremos então, planejando uma cidade segura para todas as pessoas. Mas por que? Uma cidade projetada para caminhar irá atender pessoas com deficiência e pessoas idosas. Uma cidade segura, movimentada, e iluminada pode proteger grupos expostos à violência como são as mulheres e pessoas LGBTQIAPN+ Marina defende que uma cidade precisa de mulheres planejando os espaços. Deste modo, produz conteúdo para as redes sociais para disseminar informações acerca de tudo que envolve um projeto de cidade mais segura e sustentável. Uma das pautas que Marina defende é que a cidade tenha movimento de pessoas, para isso, os bairros precisam ser tão bem projetados como muitas vezes são as áreas centrais. Somente com ruas mobiliadas com bons bancos, parques infantis atrativos e verdes as pessoas ocuparão as ruas.


A culpa não é da chuva

Marina é militante no direito à cidade, naquilo que se refere à planejamento urbano para enfrentar as mudanças climáticas. O planejamento urbano que por exemplo, considera a natureza, por ser uma ferramenta para diminuir os impactos da emergência climática. Uma cidade que inclui arborização, ciclovias e caminhódromos e não apenas asfalto é o caminho da sustentabilidade, e de uma mobilidade urbana mais funcional. Em 2023 liderou uma luta pelo plano de contingência para Passo Fundo, divulgando nas redes sociais o papel desse documento o qual é fundamental para a cidade, pois organiza os órgãos e população para enfrentar um desastre como vem ocorrendo com as fortes chuvas. Além disso, denunciou o município para o Ministério Público , divulgando, também, a informação que já havia um documento que fazia a previsão das enchentes que assolaram Passo Fundo em setembro de 2023.


QUAL CIDADE A GENTE QUER

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